sábado, 30 de julho de 2011

O Chamado de Avalon


O Chamado de Avalon


A ilha sagrada de Avalon é linda e serena, mas somente para aqueles que preservam a sinceridade no coração. Além das brumas, a madrugada esmorece para dar lugar ao nascer do Sol e finalmente, a inspiração sagrada dos Deuses emerge através do tempo.
Invoco, com um suave canto, a fonte sagrada e sinto o seu frescor em minha face.
Avalon sempre existiu... Uma terra de amor e beleza, onde viver era simples como respirar. As pessoas corriam livres pelos campos e de nada se arrependiam, pois não havia motivos para ser aquilo que não se era. Poucos ainda se lembram dos campos floridos e das flores que vibravam em outras tonalidades.
Tudo era diferente. Muitos buscam novamente Avalon, mas este tempo não existe mais. A inocência era virtude e a verdade, qualidade.
As brumas se elevam e nos trazem recordações de um tempo distante... Nossos ritos eram sagrados, porque assim nos foi ensinado. Lá, não havia tradições nem contradições, só havia o amor. Simples como acordar e olhar o céu, sereno como contemplar o brilho das estrelas e como reverenciar o Sol e a Lua.
A Lua, sim, ela era mais límpida, como os nossos corações. Muitos estão aqui hoje, mas poucos se lembram, apenas sentem saudades do lugar. Avalon se foi apenas por ser bela, ninguém entende. Virtudes hoje são defeitos.
Mas onde está o caminho que nos leva de volta? Não sei, mas ainda está lá!
O véu da maldade encobriu tudo e as ervas daninhas cercaram todo o caminho em volta. Por que o desespero? Você escolheu viver em um mundo que não era seu. Mas Avalon ainda existe... Linda e serena.
Sinceridade é a verdade que não se esconde e nem se encobre. Você sabe porque já sentiu, mas mentiu e renegou suas origens, como muitos que escolheram o mundo das ilusões.
Avalon se foi, triste por mais um filho que perdeu. Como se enganam os que não acreditam. Não é apenas uma lenda, é um fato!
Alguns já sabem e estão voltando. Dura realidade, o coração não entende, se ilude, ama, mas não vai realmente atrás daquilo que se quer. Tudo em nome do ter antes de ser. Mas a vida empurra e a alma finalmente se liberta.
Voltei somente para avisar, mas não havia ninguém. Muito foi falado, poucos ouviram, alguns ainda entenderam, mas os verdadeiros filhos se foram. Não resta mais nada a fazer... Chamo a barca que nos levará de volta, além das brumas do tempo e do espaço, pois não consigo mais distinguir seus corações.
Seus ritos são apenas de morte, não existe mais renovação, somente o ego que se fortaleceu.
Avalon está lá, eu sei, mas não para aqueles que buscam o conto de fadas. Ao acordar, todos irão sentir que algo se foi. Sim, eu digo a vocês, se foi a inocência de ser simples e natural. Restou apenas a nuvem pesada dos pensamentos maculados e das atitudes mal pensadas.
Os bardos chegaram e não me resta mais nada a dizer, levo apenas aqueles que entendem que a beleza é infinita. Fiquem no seu ambiente que não é real.
- "Venha, aqui não é o seu lugar, transpasse as brumas e esqueça este mundo que não lhe pertence. Amanhã você não mais se lembrará."
Avalon se foi para nunca mais voltar e apenas retornará se o canto novamente souber invocar. Assim falou Morgana, através da sagrada inspiração... Awen!
Rowena Arnehoy Seneween ®

Extraído do livro Brumas do Tempo
Todos os direitos reservados.

Sagrada Sincronia
Em uma longa estrada
A vida percorre caminhos
Muda o rumo da jornada
Um sussurro leve e tristonho
Vozes que se perdem pela brisa
Muitas almas, duas vidas e um sonho...
Um mundo que começa a girar
Sem nenhuma razão para ficar
Doce melodia que não ousa calar
Ouça agora a voz do coração,
Além da misteriosa ilha de Avalon,
Perfeita harmonia repleta de emoção
Fluindo através da magia,
Presente na fina névoa de prata
Que brilha nessa mais bela sincronia!
Rowena Arnehoy Seneween ®

Extraído do livro Brumas do Tempo
Todos os direitos reservados.

A Lua da Tempestade - Agosto


A Lua da Tempestade - Agosto



Agosto é o mês da Lua da Tempestade que, simbolicamente, descreve o movimento das águas geladas. Lua dedicada à Deusa Brighid, que visa o equilíbrio entre a luz e a sombra... Em gaélico este mês chama-se Lúnasa, dedicado ao Deus Lugh e marca o início das colheitas no Hemisfério Norte.

Pronúncia em gaélico:  Lúnasa - Agosto

É o tempo de despertar as sementes da promessa, a esperança que se renova com a chegada da primavera. Renovar o seu mundo é a palavra-chave deste mês!

Para os celtas, o tempo era circular e não linear. Como um círculo dentro de outro círculo, onde a vida começa dentro de outra vida e o universo dentro de outro universo. É a eternidade em constante movimento.

O centro do mundo para eles era o lugar onde se está agora, onde está o seu espírito, corpo e coração, ou seja, a interligação consigo mesmo, a sua família e o cosmos.

O coração do Outro Mundo está na fonte da vida espiritual representada pelas águas sagradas, cuja fronteira é freqüentemente vista além mar, debaixo da terra, em colinas próximas a um lago (Sídhe), nos bosques ou simplesmente, dentro dos limites de uma névoa mágica e uma ilha.

Todas as fontes de água têm sua origem oculta nas profundidades abaixo da terra, onde a árvore da vida cresce para alcançar o céu... É o nutrir para crescer. A água que limpa, purifica e promove a cura, também flui através de nós.

Os elementos em si brindam esse novo ciclo e as águas das tempestades representam todo esse movimento interior. Nossas emoções que estão sempre emergindo à flor da pele, por vezes, precisam de uma manutenção e uma limpeza mais profunda.

Para promover essa limpeza, nada melhor que meditar com Brighid, a Deusa do Fogo, o elemento mágico que une os Três Mundos: a Terra, o Céu e o Mar... O fogo, como um presente dos Deuses, que transforma todos os outros três elementos, abrindo caminhos para o Outro Mundo.

Agora é hora de bebermos do poço da vida. Pare por um momento e olhe para dentro de você. Ouça o chamado da Fonte!

Em seu local sagrado coloque uma taça com água mineral. Feche os olhos e sinta o seu movimento interior, visualize o mar e suas ondas calmas e tranqüilas... Atraído por esse movimento você mergulha e se deixa levar por essa sensação de paz e leveza.

Eis que, de repente, surge um abismo, uma força maior lhe puxa para baixo, num movimento de total agitação, você adentra nessa espiral que lhe carrega para as profundezas da escuridão.

Você se debate e o ar lhe falta... Desorientado no tempo e no espaço, a vida passa pelos seus olhos e, quando tudo parece perdido, você ouve, finalmente, o rugido do mar que, com a mesma força lhe puxou para baixo, agora lhe liberta.

Você ascende numa espiral acima das ondas. Essa é a sua oportunidade de se libertar de todas as mágoas do passado e de curar as feridas que lhe pesavam a alma.

Saindo dessa agitação, respire profundamente e abra os olhos. Agora tome a água da sua taça, absorva a sua própria luz, sinta uma sensação de profundidade e bem-estar tomando conta de você.

O sagrado flui novamente purificado e a alma está pronta para o seu breve regresso!
Que os Deuses lhe abençoem...

Retirado de : www.templodeavalon.com


domingo, 24 de julho de 2011

Saudades


Saudades

Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...

Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...

Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...

Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...

Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!

Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!

Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!

Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...

Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!

Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!

Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,

Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.

Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.

Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.

Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.

E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...


Clarice Lispector
De: Psicologia DIA A DIA

Desejo a Vocês


Desejo a vocês
Fruto do mato Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Viver sem inimigos
Filme na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Ouvir uma palavra amável
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir não
Nem nunca, nem jamais
Nem adeus
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de amor
Tomar banho de cachoeira
Aprender uma nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas com alegria
Uma tarde amena
Calçar um chinelo velho
Tocar violão para alguém
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.
Carlos Drummond de Andrade





‎"Qual é a minha verdadeira imagem? 


Como eu quero ser vista no mundo?


 Os outros me vêem por quem eu verdadeiramente sou, ou eles vêem somente o que eles querem que eu seja – dócil, subserviente? 


Eu sou atraída pelo que os outros esperam de mim?


 Eu permito que os outros me vejam bem menos do que eu sou destinada a ser?"


Somos finos como papel. 


Existimos por acaso entre as porcentagens, temporariamente. 


E esta é a melhor e a pior parte, o fator temporal. 


E não há nada que se possa fazer sobre isso. 


Você pode sentar no topo de uma montanha e meditar por décadas e nada vai mudar.


 Você pode mudar a si mesmo para ser aceitável, mas talvez isso também esteja errado. 


Talvez pensemos demais. 


Sinta mais, pense menos.

Charles Bukowski

Amigos Virtuais

Meus amigos virtuais, valem diamante, não posso falar que vale ouro, pq valem muito mais que isso!!
Sempre estão comigo, conversando, me consolando quando preciso, dando apoio quando necessito, levando sustos e dando risadas comigo!!rsrs
O dia a dia fica mais gostoso na companhia deles!!
Amo meus amigos, de coração!!
Tenho cada um guardado a 7 chaves no meu coração, e olha que perdi as chaves da onde eles estão, e por isso não saem mais!! rsrs

domingo, 3 de julho de 2011

Saudades

Essas saudades, que sinto a muito custo, são minhas ou são suas?

De qualquer modo, não é justo que fiquem só comigo:



 assim que puder te ver, eu as vou devolver.


(Kleber Bordinhão)